Depoimento-O jornalismo, o coronavírus e a ética profissional
- Luciana Ribeiro
- 7 de jun. de 2020
- 1 min de leitura

Professora da Faculdade Anhanguera de Brasília, Mestre em Comunicação pela Universidade Católica de Brasília
O trabalho de um jornalista, essencialmente, vai muito além do que meramente informar. Em situações como a que estamos vivendo agora, com o COVID-19, o jornalista deve INFORMAR a população. Sempre contextualizar o fato e traduzir as informações de forma que o público seja capaz de refletir sobre as implicações da doença e das suas próprias atitudes. Hoje vemos como uma Pandemia é capaz de alterar o funcionamento das sociedades em todos os continentes. As reações do público a uma informação pode ser intensa e complexa, mexer com as suas emoções. Nesse cenário o jornalista deve ser a ponte entre o especialista em saúde e a dona de casa que assiste ao jornal das 12h, explicar por exemplo como a doença interfere no seu cotidiano. Sem informação é praticamente impossível superar a pandemia de coronavírus, vários especialistas no mundo já afirmaram isso, mas nesse momento é necessário acima de tudo ética profissional. Cada palavra e cada movimento da imprensa, nesse momento de crise, precisa ser pensado para não gerar pânico. De acordo com a OMS o papel da imprensa hoje é muito importante pois um dos objetivos da comunicação em situações de surtos e emergências é estabelecer uma relação de confiança entre o público e os diferentes poderes. Somente uma comunicação positiva e eficiente pode ajudar as pessoas a tomarem decisões informadas, reduzir ruídos e grandes reações de ansiedade, aliviar o sofrimento das pessoas que estão em casa. A informação de qualidade deve ser a prioridade de todos os veículos jornalistícos nesse momento.

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